Atila Jacomussi assente com intolerância religiosa em culto de Mauá
- Redação
- 2 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Em vídeo vazado, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) em meio a um culto, recebe uma oração de um pastor e assente com a cabeça quando ele comete intolerância contra religiões de matriz africana.

Em meio a pregação, o pastor diz que Atila deve, enquanto prefeito, "retirar pais de santo do candomblé", e Atila assente com a cabeça.
No Brasil, a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões, assim como, o artigo 5º da Constituição prevê que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
Segundo Datafolha divulgado em pesquisa no início de Janeiro, indica que no Brasil a religião da população seja de 50% de católicos, 31% de evangélicos, 10% sem religião, 3% espíritas, e por fim a Umbanda, o Candomblé ou outras religiões afro-brasileiras são praticadas por 2% da população.
O pastor por fim diz que Atila deve se afastar da maçonaria, comentando também que o prefeito já passou por dificuldades como uma overdose, e afirma que o prefeito foi salvo por Deus.
O Brasil é um país que carrega um histórico de mais de 300 anos de escravidão, em que as religiões de matrizes africanas foram perseguidas. São frequentes os casos de intolerância religiosa a umbanda e ao candomblé, por exemplo.
Na gravação é possível ouvir também, em meio a frases próprias de cultos pentecostais, o que o pastor indica a Atila sobre as religiões de matrizes africanas: "a vassoura deve começar de cima para baixo" uma limpeza na cidade de Mauá, ao que o prefeito assente.
Atila ainda não se manifestou.
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